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Vacina Oxford-AstraZeneca é aprovada no Reino Unido

No dia 30 de Dezembro foi anunciado que o Reino Unido aprovou a vacina Oxford-AstraZeneca e esta estará sendo distribuída a partir do dia 04 de Janeiro.
A notícia é muito boa, pois essa vacina é mais fácil de ser preservada e com isso, poderá haver a vacinação em massa.

Ao contrário da Pfizer, a segunda dose pode ser dada até 12 semanas da primeira dose, fazendo com que mais pessoas possam ser vacinadas.

Inclusive o Ministro da Saúde Matt Hancock reiterou que o governo encomendou doses suficientes das vacinas (incluindo outras marcas) para cada adulto no Reino Unido, caso esses queiram ser vacinados.

O órgão regulamentador do Reino Unido (MHRA – Medicines and Healthcare products Regulatory Agency) recomenda a administração de duas doses com intervalo de quatro a 12 semanas.
Em ensaios clínicos, este regime demonstrou ser seguro e eficaz na prevenção de COVID-19 sintomático, sem casos graves e sem hospitalizações mais de 14 dias após a segunda dose.

Para maiores informações sobre a AstraZeneca, entre no site dele aqui (em inglês).

Eu gostaria de explicar um pouco como as vacinas funcionam:
A vacina da Pfizer-BioNTech (e da Moderna) usa pedaços de código genético para causar uma resposta imunológica e é chamada de vacina de mRNA.
Ela não altera as células humanas, mas apresenta ao corpo “instruções” para o desenvolvimento da imunidade ao Covid.
Já a vacina Oxford-AstraZeneca usa um vírus inofensivo, porém alterado para se parecer muito mais com o coronavírus.

As vezes, as vacinas contêm outros ingredientes, como alumínio, que tornam a vacina estável ou mais eficaz, mas não há evidências de que qualquer um desses ingredientes cause danos quando usado em pequenas doses.

As vacinas não causam doenças. Em vez disso, elas ensinam o sistema imunológico do seu corpo a reconhecer e lutar contra a infecção da qual foram projetadas.

Lógico que algumas pessoas podem apresentar alguns sintomas após a vacinação, como dores musculares ou temperatura elevada. Mas, esta não é a doença em si e sim a resposta do corpo à vacina.

Há evidências científicas esmagadoras de que a vacinação é a melhor defesa contra infecções graves e no caso do COVID, o que foi constatado é que a vacina impede que as pessoas fiquem muito doentes, podendo assim salvar vidas.

Só lembrando que ainda não está claro sobre a proteção que as vacinas podem oferecer em termos de impedir as pessoas de espalhar o Covid.

Mesmo com essa notícia boa, infelizmente a nova mutação do coronavírus está se espalhando de maneira muito rápida, deixando os hospitais em estado de alerta.

Isso não é apenas a mídia falando. Eu mesma, conhecia apenas umas 6 ou 7 pessoas que haviam pego o vírus (duas vieram a falecer) e nos últimos 10 dias, dezenas de amigos e conhecidos que moram aqui na Inglaterra, foram infectados.

No momento, mais de 2.382.000 pessoas foram testadas positivas desde Março e infelizmente mais de 71.500 vieram a falecer, porém mais de 79.000 certidões de óbito mencionam o COVID.
Inclusive, as mortes registadas por dia, passam de 400 pessoas atualmente e mais de 2.000 pessoas por dia dão entrada no hospital com o vírus.

Com isso, o Governo irá fazer mais restrições em diversas áreas da Inglaterra, mudando do Nível 3 para o Nível 4, onde apenas o comércio essencial poderá ficar aberto.
Com isso, a maior parte do país está em lockdown, sem poder sair de casa além de motivos essenciais e para se exercitar e com o comércio fechado.

Outra preocupação é quanto ao retorno das escolas, que no momento estão fechadas para o período festivo, entre Natal e Ano Novo.

Os sindicatos de professores e conselheiros de saúde do governo pediram um adiamento do início do período letivo para que os testes em massa possam ser realizados e permitir que a nova variante do coronavírus seja suprimida.

Com isso, o Secretário da Educação Gavin Williamson anunciou os planos para o início do período escolar, com um retorno escalonado.

As escolas primárias em locais onde há o maior número de casos (Nível 4) permanecerão fechadas temporariamente.

Os alunos em anos de exames devem retornar no dia 11 de janeiro, mas continuarão a ter aulas remotamente de acordo com o que receberiam em sala de aula e todas as escolas secundárias retornarão em tempo integral no dia 18 de janeiro.

Durante a primeira semana do semestre – após o dia 4 de janeiro – as escolas secundárias e faculdades se prepararão para testar o maior número possível de funcionários e alunos e estarão abertas apenas para crianças vulneráveis ou filhos de trabalhadores-essenciais.

O governo também pediu às universidades que reduzam o número de alunos que retornem ao campus no início de janeiro, priorizando alunos que necessitam de aprendizado prático para obter sua qualificação profissional.

Existem mais de 1.500 militares comprometidos com o apoio às escolas e faculdades, fornecendo treinamento virtual e aconselhamento sobre como estabelecer o processo de teste, com equipes de prontidão para fornecer suporte presencial se exigido pelas escolas.

Para apoiar a educação remota e o aprendizado online durante este período, o governo espera entregar mais de 100.000 dispositivos para escolas em todo o país durante a primeira semana do semestre.
Isso se soma aos 560.000 dispositivos que já foram entregues e tendo como meta um total de um milhão de dispositivos a serem distribuídos para as crianças que mais precisam deles.
Este programa agora está sendo estendido para incluir alunos de 16 a 19 anos em faculdades e escolas.

Outra preocupação é quanto às viagens, principalmente entre o Brasil e o Reino Unido.
Desde o dia 25 de dezembro, o Brasil suspendeu temporariamente todos os voos de/para o Reino Unido.

Isso significa que estrangeiros que estiveram no Reino Unido nos 14 dias anteriores ao embarcar em qualquer vôo para o Brasil não poderão entrar no país.

Porém os estrangeiros que residem no Brasil ou brasileiros que estiveram no Reino Unido durante os 14 dias anteriores precisarão ficar em quarentena na chegada ao Brasil por 14 dias.

Além disso, a partir do dia 30 de Dezembro, todos àqueles que viajarem ao Brasil (brasileiros ou estrangeiros) devem apresentar para a companhia aérea, no check-in, uma prova documental de um teste PCR negativo para COVID-19 feito até 72 horas antes do embarque.

E antes do embarque brasileiros ou estrangeiros são obrigados a preencher uma declaração até 72 horas o embarque e que pode ser preenchida através desse site: https://formulario.anvisa.gov.br/index.php/39183?lang=en

Para mais informações sobre as regras de viagem entre o Reino Unido e Brasil:
Anvisa: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/noticias-anvisa/2020/entrada-no-brasil-conheca-novas-regras
Gov UK: https://www.gov.uk/foreign-travel-advice/brazil

Quero aproveitar esse espaço pra desejar um 2021 maravilhoso para cada um de vocês.
O ano de 2020 veio de forma muito triste e desafiadora, levou muitos entes queridos e nos deixou muito abalados, tanto emocionalmente e financeiramente como mentalmente.
Tivemos que reaprender a conviver com familiares ou a não conviver com eles. Tivemos que nos reinventar e ter paciência, muita paciência…

Nunca imaginaríamos passar pelo que passamos e o que nos resta é levar esse ano como um aprendizado e de alguma maneira, tentarmos nos fortalecer, mesmo que através da dor.

Que o próximo ano seja de mais alegrias e que eu possa voltar a escrever sobre aquilo que este site foi criado: viagens, lugares bonitos e comidas gostosas!
Um abraço!

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comentários

  • Oi Matheus e Talita. Tomara que vcs possam tomar a vacina logo e garantir uma viagem ao Brasil em Setembro!

    Beijos e abraços,
    Johannes

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