A Inglaterra tem seguido com a rotina quase que normal, com todo o comércio aberto, grandes eventos acontecendo e o uso de máscara sendo não compulsório (com exceção de alguns locais).
Porém, há uma grande incerteza sobre o que irá acontecer no inverno. Na realidade, o que aprendemos ao longo desses últimos 18 meses é que nem mesmo está claro o que irá acontecer no próximo mês.
O grande aumento nos níveis de infecção provavelmente ficaram para trás, dada a quantidade de imunidade desenvolvida na população.
Mas se os níveis atuais forem mantidos durante o inverno, o NHS (SUS daqui) terá dificuldades, pois no inverno o número de hospitalização aumenta devido a diversas doenças respiratórias.
O primeiro-ministro Boris Johnson disse que enquanto a pandemia “está longe de terminar”, o sucesso do programa de vacinação, novos tratamentos e testes significam que o Reino Unido é “capaz de conviver com o vírus sem restrições significativas à nossa liberdade”.
Mesmo assim, o governo anunciou o “plano de inverno” ou Plano B, afirmando que é pouco provável que façam um novo lockdown, mas nada impede que nesse período, o uso de máscaras volte a ser obrigatório, bem como as pessoas voltem a trabalhar de casa (quando possível).
Certas medidas serão mantidas – incluindo a exigência de auto-isolamento ao receber um teste de PCR positivo ou até mesmo caso a pessoa esteja apenas com sintomas (tosse, febre e/ou ausência de olfato e paladar) e conceder auxílio-doença para aqueles que se isolaram desde o primeiro dia.
Além disso, foi anunciado no dia 14 de Setembro, sobre o programa de vacinação para a terceira dose (ou dose de reforço), que começará na próxima semana, para assim termos uma maior redução no impacto da pandemia Covid-19 no Reino Unido.
O Comitê de Vacinação e Imunização (JCVI) sugeriu que as vacinas sejam dadas para idosos acima de 70 anos e para todos que sejam do grupo de risco, antes de se expandir para todos os adultos com mais de 50 anos. Possivelmente essa terceira dose da vacina será mNRA: Pfizer/BioNTech ou Moderna.
Os dados mostraram que as vacinas contra o coronavírus atualmente em uso no Reino Unido oferecem pelo menos seis meses de proteção.
Essa pesquisa mostrou que cerca de 40% das pessoas com sistema imunológico debilitado, tiveram a imunidade diminuída e a vacina menos eficaz depois de 6 meses.
Por isso foi recomendado terceiras doses para certos grupos vulneráveis, garantindo assim que a proteção que foi construída na população não diminua nos meses de inverno.
Segundo o parlamentar Nadhim Zahawi: “Esta é provavelmente a última peça do quebra-cabeça que nos permite fazer a transição de pandemia para endemia e espero que no próximo ano estejamos em posição de lidar com esse vírus com um programa de inoculação anual, como fazemos com a gripe.”
Até o momento, mais de 48 milhões de pessoas no Reino Unido receberam a primeira dose da vacina, com mais de 44 milhões recebendo a segunda dose.
Seguindo o conselho dos diretores médicos do Reino Unido, crianças com idade entre 12 e 15 anos irão receber a vacina contra o Covid a partir da semana que vem.
Elas receberão uma dose da vacina Pfizer-BioNTech e o consentimento dos pais será solicitado para o programa de vacinação que irá acontecer nas escolas.
Outra notícia boa é que os avanços em antivirais, incluindo dexametasona e tocilizumabe, já estão sendo aplicados em pacientes com COVID-19 e estes tem reduzido o número de mortalidade.
Além disso, a Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA) aprovou recentemente o “casirivimab” e o “imdevimab” como o primeiro produto de combinação de anticorpos monoclonais indicado para uso na prevenção e tratamento de infecção aguda por COVID-19 no Reino Unido.
O governo está agora trabalhando com o NHS e médicos especialistas para garantir que este tratamento possa ser aplicado aos pacientes o mais rápido possível.
O governo também está investindo £50 milhões especificamente para pesquisas sobre o long-COVID, que são sintomas que se desenvolvem durante ou após uma infecção e que continuam por mais de 12 semanas e não são explicadas por um diagnóstico alternativo, incluindo COVID-19 sintomático contínuo e síndrome pós-COVID-19.
Com essas pesquisas, será possível melhor compreender as causas e os potenciais tratamentos para essas pessoas.
No dia 19 de julho, o Primeiro-Ministro notificou que, até ao final de setembro, o Governo tencionava tornar a vacinação completa uma condição de entrada em discotecas e outros locais com grandes multidões.
Levando-se em consideração os dados mais recentes sobre a pandemia, a certificação obrigatória não será implementada. No entanto, mais de 200 locais de eventos estão fazendo o uso voluntário dessa certificação como condição de entrada e o governo tem incentivado essa condição.
Mas caso o governo seja obrigado a aplicar o Plano B, a certificação obrigatória de vacinas pode ser introduzida em todas as boates, eventos internos com mais de 500 pessoas, locais de música ou grandes recepções, eventos ao ar livre com mais de 4.000 pessoas, e eventos com 10.000 ou mais participantes, tais como estádios de esportes e música.
Caso queira saber mais sobre as medidas que serão tomadas no outono e inverno, entre nesse link aqui (em inglês).
Nessa semana também será anunciando sobre o sistema de “cores” para viagens ao exterior que provavelmente será eliminado, menos países de alto risco estarão na lista vermelha e o teste PCR para quem já estiver com as duas doses da vacina não será obrigatório.
O que se sabe até agora é que haverá um novo sistema de duas cores: verde ou vermelha – duas listas simples: pode ou não pode viajar e 24 países sairão da lista vermelha.
Já os países que estiverem na lista vermelha, a quarentena em hotel permanecerá obrigatória. O custo de ficar em um hotel de quarentena é agora de £ 2.285 para um adulto, mais £1,430 para um segundo adulto e £325 para cada criança entre 5-11 anos de idade.
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