Justamente quando a Inglaterra estava se preparando para aliviar ainda mais as regras de viagens em meio à pandemia, uma nova variante, chamada Omicron, fez com que algumas regras sejam reinseridas imediatamente.
A variante Omicron é bastante preocupante pois possui 50 mutações no total e mais de 30 na proteína spike, que é o alvo da maioria das vacinas e a “chave” que o vírus usa na entrada das células do nosso corpo.
Aproximando ainda mais o domínio de ligação do receptor (a parte do vírus que faz o primeiro contato com as células do nosso corpo), ela tem 10 mutações em comparação com apenas duas para a variante Delta.
Porém, o que ainda não se sabe é se essa variante é mais transmissível, se causa sintomas mais graves e/ou mortes e se apresenta resistência à vacina.
Com isso, o Primeiro Ministro Boris Johnson fez um pronunciamento no dia 30 de Novembro, ressaltando que a nossa melhor defesa contra a Omicron é tomar as duas doses da vacina além da dose de reforço, pois assim enfraquecemos a ligação entre casos e hospitalizações/mortes.
Boris disse, que governo estará tomando algumas medidas de precaução enquanto os cientistas decifram o código Omicron e consigam entender como essa variante funciona em nosso corpo.
A meta é oferecer a booster (dose de reforço) para todos os adultos maiores de 18 anos até o final de janeiro e o intervalo mínimo entre a segunda dose e a de reforço seja reduzido para três ou invés de 6 meses. Também será oferecida uma 2ª dose para todas as crianças de 12 a 15 anos que ainda não são elegíveis.
Tal como aconteceu com as primeiras doses da vacina, o NHS (SUS daqui) administrará os reforços em ordem de prioridade – começando com os vulneráveis do ponto de vista médico, pessoas com mais de 40 anos e mais velhas, antes de chegar aos grupos de idade mais jovem.
Enquanto as mudanças no sistema de reservas são implementadas (não foi divulgado quando isso acontecerá), o público é aconselhado a não entrar em contato com o NHS sobre seu booster e esperar ser chamado para tomar essa dose. Para mais informações sobre a vacinação, basta entrar aqui.
Na Inglaterra, a vacina de reforço será lançada em 1.500 farmácias, em mais hospitais e em locais de vacinação walk-in, com cerca de 400 militares prestando assistência ao lado de vacinadores voluntários.
Outra “arma” que o Reino Unido tem, é que o governo comprou centenas de milhares de doses de um poderoso medicamento antiviral que pode tratar a Covid.
O tratamento molnupiravir, pode ajudar aqueles que estão em maior risco de adoecer gravemente caso contraiam o vírus.
Nos testes, as pílulas tomadas duas vezes ao dia reduziram o risco de hospitalização ou morte pela metade.
A terapia funciona de maneira diferente das vacinas atuais e deve ser muito eficaz mesmo contra novas variantes, como a Omicron.
Em relação as novas regras, foi decidido o seguinte:
– O uso de máscaras, que era facultativo, volta a ser obrigatório em lojas e no transporte público, bem como em áreas comuns de universidades, faculdades e escolas.
– Quem estiver vindo para a Inglaterra (independente de qual país), deverá fazer um teste PCR antes do final do dia 2 após sua chegada e se isolar até obter um resultado negativo, mesmo que esteja totalmente vacinado.
– Se uma pessoa entrar em contato com alguém que pode ter sido infectado com a variante Omicron, deverá isolar-se por 10 dias, independentemente da sua idade ou estado de vacinação.
Além disso, houve alterações na lista vermelha para viagens internacionais, onde Angola, Botswana, Eswatini, Lesoto, Malawi, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zâmbia passaram para a lista vermelha de viagens.
A pessoa só pode entrar na Inglaterra vindo desses países caso seja residente no Reino Unido e será obrigado a fazer quarentena em um hotel na chegada e fazer testes no dia 02 e dia 08, mesmo que esteja vacinado.
No site do governo (em inglês), tem todas as informações referentes às viagens: https://www.gov.uk/guidance/travel-abroad-from-england-during-coronavirus-covid-19
O primeiro-ministro também disse que não quer que as pessoas cancelem as festas de Natal, porém o Secretário da Saúde encorajou os britânicos a reduzirem a socialização desnecessária antes da época festiva.
Johnson reconheceu a sensação de “frustração” que pode persistir com a nova variante, no entanto, ele assegurou que, apesar da sensação de que “poderíamos estar passando por tudo isso de novo”, o país está “mensuravelmente melhor do que um ano atrás por conta das vacinas”.
Mas sejamos sinceros, estamos todos apreensivos e com medo de um novo lockdown ou então, novas restrições de viagens, onde prejudicaria centenas de pessoas que estão ansiosas em rever e passar o Natal com suas famílias.
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